A Lição de amar
Temos tanto a aprender; Colocamos lado a lado o amor e o ódio,como se pudessem coexistir; ou o findar de um, fosse o início do outro.
Somos tão pequenos que dentro de nossa visão limitada, de nossa imperfeição evidente, atribuímos finitude ao que nos torna, com toda certeza, eternos: o amor; e, assinamos nosso estado de insignificância humana, quando, no lugar do amor, colocamos o ódio, a raiva, sentimento que nos faz menores e mais irrelevantes que um grão de areia.
Prestei atenção e filosofei acerca disso mais ou menos como Einstein filosofou acerca de sua teoria quando, ao acaso, uma maçã despencou sobre sua cabeça. Pois é, uma árvore toda despencou sobre a minha.
Assim, pude entender que amor a nada se avizinha ou se mistura. É único, essência pura, a tudo perdoa e releva, mesmo tendo atrás de si
um humanoide egoico que sofre e se entristece, situação passageira, pois o amor, aquele sol gigantesco de luz, reaparece imponente por trás das cinzas, do fogo em que ardeu o nosso egoísmo e orgulho,e impera novamente soberano como se nada tivesse existido ou acontecido. E continua lindo, rindo-se de nossa insistente e inocente fragilidade e necessidade em teorizar e tornar lógico o que não é da razão.
Entendi que não desamamos o que antes amávamos; compreendi que é a infinitude do sentimento que nos faz ganhar a eternidade. Aprendi, na dor, metade da lição. A outra metade, espero compreender no amor. A outra metade? Abandonar completamente esse ser egoísta, cheio de orgulho e vaidade que afasta a capacidade de amar, inerente a todo ser humano, e consequentemente coloca longe a felicidade que é toda nossa e que só espera aprendermos a lição toda para mostrar que, de verdade, Deus nos quer felizes e sorrindo.