SEM PLANOS
Dentro de mim há um resto de fogueira...
Muitas cinzas e já sem o crepitar da madeira...
Um sopro de vento há de apagar por completo...
Não há mais fumaça... Só um cheiro de carvão queimado...
Um calorzinho morno que nem esse inverno esquenta...
Ao longe um cachorro late e em coro os gatos miam...
É noite e já não cantam os pássaros...
O rio corre silente. Os peixes dormem...
Minha alma se recolhe... Não sonha... Não pensa...
Quieta, não faz planos... Descansa...