Poema Sangrento.

Não escrevo poemas de beleza, de flores e rosas, de puerilidades e amores perdidos...

Não escrevo poemas que se põem à mesa, como uma porção de panquecas mornas...

Não escrevo poemas sobre as dores do amor, das cartinhas e lágrimas doces dos amantes ao entardecer...

Não! Não! Não!

Escrevo poemas com o sangue que jorra de minhas sinapses coaguladas, minhas artérias obstruídas, minha vida fodida, minhas dívidas e a tragédia dos mortais que se camuflam em sonhos utópicos...

Meu poema é a doença, a tragédia, a dor e a morte, e tento, de alguma modo, mesmo contrariando a natureza humana, corrigi-los, mas a pena fura a veia e a sua tinta é vermelha!

SAvok, 30.4.13.

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 02/05/2013
Código do texto: T4270262
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.