Poema Sangrento.
Não escrevo poemas de beleza, de flores e rosas, de puerilidades e amores perdidos...
Não escrevo poemas que se põem à mesa, como uma porção de panquecas mornas...
Não escrevo poemas sobre as dores do amor, das cartinhas e lágrimas doces dos amantes ao entardecer...
Não! Não! Não!
Escrevo poemas com o sangue que jorra de minhas sinapses coaguladas, minhas artérias obstruídas, minha vida fodida, minhas dívidas e a tragédia dos mortais que se camuflam em sonhos utópicos...
Meu poema é a doença, a tragédia, a dor e a morte, e tento, de alguma modo, mesmo contrariando a natureza humana, corrigi-los, mas a pena fura a veia e a sua tinta é vermelha!
SAvok, 30.4.13.