O trauma refeito.

A ferida reaberta de um coração de suturas antigas.

Sentimentos confusos de uma época já esquecida.

Os ecos que atravessam o tempo para relembrar nos momentos importantes que nada é passível de remissão completa.

São marcas de algo dito como superado mas que novos eventos desenterram mais do que o desconforto das lembranças.

Lembranças desagradáveis que se mesclam com os obstáculos resolvidos.

Nada é 100%.

A tranquilidade da alma é requerida.

E nesses tempos de turbulência onde a transição se mostra impossível de ser ignorada, submerge a explosão do vulcão de remendos coronarianos.

A perfeição não é o objetivo.

Mas o conforto do equilíbrio é reivindicado.

A sanidade é contestada mais uma vez.

As lágrimas aliviam o transbordamento do turbilhão interno.

A calma da anestesia induzida pela própria sabedoria do corpo.

O divino que se faz presente através da cadeia de reações fisiológicas de preservação da essência interior.

A prolixidade à serviço do escoar das aflições e incertezas.

A resposta aparece.

A fronte relaxa.

O coração entra no automático da regeneração de danos.

E o tempo se encarrega de moldar a paciência das mentes ansiosas.

Angela MT Melo
Enviado por Angela MT Melo em 05/03/2013
Código do texto: T4172721
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