Fugas insensatas.

O coração que engana e sente o que o encéfalo o conduz.

A mente hiper pensante de desnecessariedades.

As palavras não deveriam ser estranguladas, mas o bom senso sabe que a razão detém maior benefício que o sentir desprovido de julgamentos.

E vem os falsos artifícios da leveza de um ser para complicar ainda mais um coração prolixo.

Aquelas horas de suave sensação de que tudo é possível e onde os movimentos e falas se misturam em sentenças descalculadas.

As verdades aparecem, embora ainda com disfarces: existem sentires que conseguem se esconder até da inconsciência.

A gratidão pelo mínimo de controle orgânico recebe dúvidas quanto à sua importância.

Talvez fosse mais fácil a frieza descalçada de bom senso.

Mas a exposição poderia não ter o resultado desejado.

E o medo do sofrimento de uma resposta definitiva seria algo difícil de se conviver.

O orgulho de não se expor.

A auto preservação.

São sinais ignorados independente de idade.

O coração tenta ser pulmão e respirar algo que seja palpável.

O ar rarefeito não se presta a tal papel.

Será realidade ou simples projeção das idealizações advindas de frustrações passadas?

A leviandade buscando o seu lugar.

O ser comportado tenta se recompor.

A volta do princípio fundamental de autovalorização.

O respeito de corpo e alma.

A tentativa de um futuro limpo em um presente próximo.

Por hoje, o fim da insensatez: filha não única da embriaguez.

Angela MT Melo
Enviado por Angela MT Melo em 19/02/2013
Reeditado em 22/02/2013
Código do texto: T4149353
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