SILÊNCIO
Costumava colher rosas no jardim, quando já estavam à despetalar, juntava com cuidado as pétalas e as colocava dentro dos livros.
Esquecia-se delas, até o dia que voltava a pegar os livros na estante, e o suave perfume a encantava.
A leitura, que era um dos seus maiores prazeres, ganhava doce odor de rosas envelhecidas.
Foram muitas às vezes que, romântica e sonhadora, com cuidado escreveu o nome do amado nas pétalas amareladas, deixadas dentro dos livros.
Pensou: onde será que foram parar, esses velhos livros? E o silêncio foi a resposta.
Perguntou: em que momento será, que esse delicado costume ficou para trás? E por que?
Novamente o silêncio, foi a única resposta.
(foto da autora, Central Park)
Costumava colher rosas no jardim, quando já estavam à despetalar, juntava com cuidado as pétalas e as colocava dentro dos livros.
Esquecia-se delas, até o dia que voltava a pegar os livros na estante, e o suave perfume a encantava.
A leitura, que era um dos seus maiores prazeres, ganhava doce odor de rosas envelhecidas.
Foram muitas às vezes que, romântica e sonhadora, com cuidado escreveu o nome do amado nas pétalas amareladas, deixadas dentro dos livros.
Pensou: onde será que foram parar, esses velhos livros? E o silêncio foi a resposta.
Perguntou: em que momento será, que esse delicado costume ficou para trás? E por que?
Novamente o silêncio, foi a única resposta.
(foto da autora, Central Park)