Adeus agora.
Hoje me dei conta de que não vou esquecer.
Não vou esquecer sua voz nem suas palavras,
Não vou esquecer seus olhos nem seus olhares,
Não vou esquecer sua caligrafia nem seus textos.
Não vou esquecer você.
Pensei que conviveria com essa pseudo-morte
que sobreviveria ao que eu mesma causei
sua ausência.
Mas morri pra você, cometi suicídio na sua vida.
Voltei ao pó e restarei apenas na sua estante,
num livro, como lembrança literária de uma teoria inacabada.
Da carta de Caminha aos contemporâneos...
Por isso serei lembrada.
Adeus agora.