Ai, Que Saudades da Amélia

Mário Lago

Nunca vi fazer tanta exigência
Nem fazer o que você me faz
Você não sabe o que é consciência
Nem vê que eu sou um pobre rapaz
Você só pensa em luxo e riqueza
Tudo o que você vê, você quer
Ai, meu Deus, que saudade da Amélia
Aquilo sim é que era mulher
Às vezes passava fome ao meu lado
E achava bonito não ter o que comer
Quando me via contrariado
Dizia: "Meu filho, o que se há de fazer!"
Amélia não tinha a menor vaidade
Amélia é que era mulher de verdade


Esse é o grande Mário Lago em homenagem
do cantor compositor Roberto Carlos.
http://www.youtube.com/watch?v=UOqFXx-8VqI
 
 


SE EU PUDESSE, ESCREVIA!


Às vezes, me pego pensando como seria se os poetas, os compositores, os artistas do tempo do antigamente, vivessem suas vidas nos dias de hoje. Fico muitas vezes, tentando imaginar o “batidão” de um Funk nas vozes inconfundíveis de Nelson Gonçalves, Miltinho, Ataulfo Alves.

E o Mário? Não o Quintana que decerto se consagraria do mesmo jeito nos dias de hoje, com seus poemas afinal, já dizia aquele outro poeta mais antigo: “O Poeta é um fingidor!” Mas, o outro Mário? O Mário que embora também poeta, se completava como compositor. Como faria este Mário, para nos dias de hoje dizer que aquela mulher sem nenhuma vaidade é que era, mulher de verdade! É amigo Mário, o tempo muda tudo, principalmente as pessoas.

Hoje a mulher se não tiver muita vaidade, dá-se logo outro nome bem diferente daquele que deu em sua composição. As mulheres de hoje, são até capazes de achar bonito não ter o que comer, mas, por motivos métricos, bem diferentes daqueles do antigamente.


O fato Mário, é que nos dias de hoje, mulher sem “a menor vaidade” não se cria não! Marginalizadas, resquícios de “Amélias,” vagam pelas ruas das cidades se lamentando de não viverem naquele tempo em que não ter vaidade alguma, era motivo inspirador para se compor essa maravilha de música.

Sua música é mesmo linda! Mas as mulheres de hoje, mudaram conquistaram espaços, tornaram-se independentes, mais femininas, por isso, mais lindas ainda do que as do antigamente e isso poeta, é indiscutível.

Abraço sempre!

Paulo César Coelho

Certa vez, tive a felicidade de encontrá-lo num café de um hiper mercado na Barra da Tijuca. Ele, amabilíssimo. Lembro-me perfeitamente que troquei com ele, algumas palavras.


Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 21/11/2012
Reeditado em 22/11/2012
Código do texto: T3997687
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