A CONJUNTURA E A PROSA DA CRISE II
A CONJUNTURA E A PROSA DA CRISE II
(Síntese construída durante a análise de conjuntura proferida por Gislei Siqueira, no III Seminário Nacional da ANEPS – Articulação Nacional de Práticas Educativas na Saúde, em 05 de Novembro de 2012, em Brasília-DF).
Que palavras? Outras palavras ou as mesmas palavras? Que palavras traduzem a história? Quem forja a história? A história é movimento ou é parada de incerteza?
Tanta água estagnada e tanta gente com sede de viver e lutar!
Quando olhamos a realidade presa a um modelo de desenvolvimento insustentável... Que perspectivas se apresentam de dentro para fora dos movimentos?
No Brasil e no mundo situações de saúde que adoecem... Doenças político-sociais que degradam as gentes e o ambiente!
Que situações em atos aos movimentos remetem?
Há que se buscar na essência de ser e de se estar em movimento o sentido e prática da solidariedade e a perspectiva da comunidade organizada, ativa e consequente para fazer face à tirania do individualismo e do “salve-se quem poder”.
A conjuntura dos movimentos sociais não pode navegar sobre as ondas e ressaca do mar da crise de valores, dissabores e tormentas do mercado excludente por natureza...
Uma nova perspectiva é urgente! Os movimentos sociais e populares precisam construir uma nova dialética como caminho ético de “um vivenciar coletivo do cuidado” e princípio de amorosidade...
Há uma travessia desafiadora, em vista da crise econômica mundial e da negação dos valores que estagnam o cotidiano...
Mas como fazer a travessia?
Não há solução individual! Não há salvação e superação sem que haja determinação coletiva!
A travessia só é possível juntos!
Educação Popular se constrói juntos!
Autodeterminação do movimento social é junto!
Somente com o ato de construir juntos, os sujeitos e os movimentos serão capazes de mudar as realidades impostas pela crise do capital, que agoniza, mata, entra em colapso, mas não morre!