Não tenho nada não.

O que brilhava não era ouro,

joias não me adornavam o colo.

 

Aquele amor insano que te entreguei,

transformou-se neste turbilhão,

que carrego como embargo.

Uma cilada de cifras sem rima.

 

Verdadeiramente, não tenho nada!

Retalhos dos momentos me assombram,

como fantasmas acostumados com a casa.

Serei o espaço de cada palavra escrita,

o ponto da virgula que ninguém denota,

no poema a ser metrificado,

esquecido na vitrola emperrado.

 

Não precisa voltar,

não tenho nada não!

Nem sequer coração para dar pousada.




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Railda
Enviado por Railda em 09/11/2012
Reeditado em 15/02/2016
Código do texto: T3977331
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