A revolta se foi

E aqui estou de novo, olhando para esta página em branco, tentando descobrir o que escrevo aqui. Sei o que está dentro de mim, mas não sei se consigo encontrar as letras que formam as palavras que exprimam com toda fidelidade o que quero dizer.

E se começar com "eu compreendi". Porque, talvez, realmente seja isso, um estado de compreensão de mim mesmo, que não tinha me dado conta. Se é que se pode compreender de alguma coisa sem se dar conta disso. Mas é isso. Exatamente isso. No meio de tanta confusão sem entender o que realmente era ou o que queria acabei por cometer muitos erros comigo mesmo.

Mas eu compreendi. Me compreendi, sei quem sou e o que quero ser, onde quero estar hoje, onde espero estar amanhã e com quem devo partilhar o que vivo e o que está por vir. Simples assim, não existe confusão apesar de muito tentarem confundir tal precedente.

Não quero continuar procurando uma briga comigo mesmo, tentando criar problemas que conheço e desconheço por não aceitar a mim mesmo. Existe em nós um mundo interior e é este que não devemos degradar.

Não posso ser meu próprio inimigo, porque no fim das contas o nosso maior aliado é a gente mesmo. Não posso me estraçalhar, chegar a trapos pelos outros. Eu não vou fazer isso. Me desarmo frente a mim mesmo.

Chegando a esta idéia eu me lembro que quando mais novo eu era assim, tranquilo, feliz e até esquisito....mas feliz.

Na verdade, estou me encontrando comigo mesmo e isso está sendo tão, mas tão bom.

Eduardo Magalhães
Enviado por Eduardo Magalhães em 25/10/2012
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