É gastrite, só pode.

Então, para que todos os meus amigos não pensassem que eu estava ficando louca demais, escondi você dentro de mim. Deu certo enfim, mas agora to com um pouco de azia.

Essa gastrite que adquiri tudo por culpa do estresse moderno que nos cerca, tem atacado algumas vezes e no fim entendi que é melhor eu não te ver todos os dias.

Hoje eu estou bem, mas se amanha chover vai me bater a melancolia. E então terei aquela trabalheira toda para me concentrar nos meus livros. Sei que continuo adoecida, mas adormecida dessa vez.

O problema que eu sei que isso dura só até você aparecer de relance na minha sala e seu perfume se enfiar nas minhas narinas. Isso até parece um texto ensaiado, mas a verdade é que já escrevi muito sobre nós dois.

Eu faria um livro sobre as coisas que gosto de você, mas minha gastrite me mataria antes de eu escrever “ adoro sua barba mal feita” e tudo isso vai muito além dela.

Você é todo um mistério, o número um da minha lista de coisas que nunca vou entender. E com certeza nem vou ter. Mas tudo bem se não está tudo.

Agora nessa hora exata tudo está bem mesmo, mas não consigo parar de imaginar que passou o fim de semana inteiro com ela. Não que eu pudesse te proporcionar coisas melhores, mas acho que estaria mais seguro comigo. Ninguém poderia gostar de você mais do que eu, não que você não mereça, mas é que é muito grande mesmo só a minha parte. Tem muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, acho que o ideal é eu não te ver mesmo. Me concentro muito mais.

L.G.A. ( 15/04/12)

Luane Amurin
Enviado por Luane Amurin em 23/06/2012
Código do texto: T3741065
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.