NA SOLIDÃO DOS BARES
NA SOLIDÃO DOS BARES
É sempre assim que vejo as pessoas, uns chegam, outros vão, na música que toca, haverá sempre uma irreverência a tudo que passa, a tudo que acontece, o garçom, os usuários do local, o cheio, o vazio, as conversas, a pressa, alegria, a conta que chega, a dose, o perfume, a troca de olhares, o cheiro, do tempero, os segredos, a afronta, a perda do sentido, o medo de ficar, sozinho, o dedinho de prosa, o perfume da cerveja, a overdose do prazer de estar, as avessas de cada um, talvez a banalidade do momento, do ser, enfim em cada noite ou dia, vou embora na minha solidão, sabendo que indiferente, volto solitariamente pelos bares de mim mesmo.