NA SOLIDÃO DOS BARES

NA SOLIDÃO DOS BARES

É sempre assim que vejo as pessoas, uns chegam, outros vão, na música que toca, haverá sempre uma irreverência a tudo que passa, a tudo que acontece, o garçom, os usuários do local, o cheio, o vazio, as conversas, a pressa, alegria, a conta que chega, a dose, o perfume, a troca de olhares, o cheiro, do tempero, os segredos, a afronta, a perda do sentido, o medo de ficar, sozinho, o dedinho de prosa, o perfume da cerveja, a overdose do prazer de estar, as avessas de cada um, talvez a banalidade do momento, do ser, enfim em cada noite ou dia, vou embora na minha solidão, sabendo que indiferente, volto solitariamente pelos bares de mim mesmo.

Marcelo poeta
Enviado por Marcelo poeta em 10/06/2012
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