CHAMAM-ME TRISTEZA



Bom dia, tristeza, cumprimentou-me a sorrir,
Um elegante transeunte, alguém a quem nunca vi.
Fiquei a me perguntar, qual a resposta pra mim?
Qual a razão que ele tinha para me chamar assim...
Passei o dia pensando e ainda não entendi,
Onde está? Qual a resposta que eu preciso descobrir?

Eu só não entendi ainda, nem sei se vou entender,
Por que me chamam tristeza, sem ao menos me conhecer.
Decidi ir ao passado, revirar minhas lembranças,
Rabiscos, fotos guardadas, até sem muita esperança.
Estava meio cansada, sem crer muito no presente,
Até que a minha imagem, refletida e tão carente,
Diante ali do espelho, me senti desprotegida,
Saudosa, triste e sozinha, quase uma desconhecida.

Preferi tentar dormir, talvez se adormecesse,
Algum sonho que viesse, até me esclarecesse;
E à luz de mais um dia, retornando ao meu passado,
Quem sabe eu encontraria esse algo tão procurado!
Alguns me chamam tristeza e eu nem me vejo assim,
Mas necessito encontrar algo que me explique enfim,
Se existe alguma coisa, por mínima que se pareça,
De até um desconhecido chamar-me assim de tristeza.

 __________


Não ligue a desconhecidos
Que te chamam de tristeza
É que muita realeza
Pode deixar triste sim.
Não você, mas esse alguém
Que se sinta um João Ninguém
Ao olhar tua beleza...
E enquanto você passa
Olhando a tua graça
Sabe que não tem a chance
De contigo fazer par!
Decerto tem a certeza!
Fala alto e faz gracinha...
Não é minha!
Oh que tristeza!...

 

Muito grata Angela, pela brincadeira de bom gosto, interagindo comigo.
Um beijo no seu coração