INCOGNITA


Murmura meu silencio,
Vagueia minha solidão,
Soluça meu chorar baixinho,
Sufoca minha inspiração.

Flutuam os meus pensamentos
Sem rumo, sem destino certo,
Pranteio meu cantar dolente
E aqui, não há ninguém por perto.
Meu canto é qual suave brisa
Ninguém escuta apenas sente
Sou solidão, sou grito silencioso
Trago no peito algumas cicatrizes
Tentando amenizar males sem jeito.

Sou a saudade que somente cresce,
Às vezes sou também, inspiração,
Sou sol e chuva, sou desolação,
Sou até mesmo o tempo que não conta,
Quando faz conta só da emoção.
Sou por acaso o tédio algumas vezes,
Talvez lembranças, ou mesmo a solidão
Sou o vazio de abraço sem abraços,
Posso também até ser a razão
Daqueles que se desconhecem
Mas que existem assim como a saudade
Que fez morada em muitos corações.