AMOR PROIBIDO

Passam-se segundos, minutos, dias, semanas, meses e a distância nos separa.

A saudade cresce em meu peito. A tua ausência dói, maltrata, sufoca.

Amanhece. Acordo e percebo que é mais um dia sem a tua presença. Eu sei. Você está em outros braços. Teus beijos não são meus. Sei também que distante você pensa em mim, que deseja estar ao meu lado. Você é meu fruto proibido, meu amor impossível, minha doce ilusão.

Fantasio situações. Imagino que poderíamos dividir as gavetas do armário do quarto. Vejo tuas roupas alinhadas, penduradas nos cabides ao lado das minhas. Na mesa da cozinha duas xícaras estão dispostas esperando por nós dois. Estamos sentados frente a frente. Meus pés descalços, por sob a mesa, roçam os teus. Você sorri. É um sorriso lindo que enche meu peito de felicidade. Dividimos o pequeno espaço do box do banheiro. A água escorre por teu corpo. Nossos corpos se tocam. Sinto um arrepio de prazer. Abraçamos-nos. Nossos lábios se encontram em beijos cheios de paixão. Fazemos amor. Enxugo teu corpo com meus lábios. Tua pele macia acaricia minha boca. Sinto teu cheiro de mulher. Meus braços te agasalham, minhas pernas te entrelaçam, nossos sexos se encontram, eu sou teu homem, você é minha mulher. De olhos fechados abraço o vazio e procuro em vão pelo teu beijo.

Volto à realidade. Meu leito está vazio. Por que tem que ser assim?

O dia passa, a noite chega. Eu queria me entregar ao amor dormindo em teus braços, sentindo o calor do teu corpo.

Na escuridão abraço forte o travesseiro e no silêncio do quarto digo baixinho: minha doce garota, meu grande amor, eu te amo. Será que um dia esqueceremos-nos do mundo e viveremos esta grande paixão?

CLEOMAR GASPAR
Enviado por CLEOMAR GASPAR em 09/03/2012
Reeditado em 18/03/2012
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