Tão grande amor!


O seu corpo inteiro é um sorriso,
Que somente eu consigo ver,
Transforma o meu mundo em paraíso,
Num lugar gostoso de viver.

O seu olhar é um tanto arredio,
Expõe-me ao jogo da perseguição,
E quando o pego sinto calafrios,
Paralisado sinto o coração.

Eu sinto um prazer tão desmedido,
Quando estou perto de você,
Tudo passa a ter e fazer sentido
Assim aumenta o medo do lhe perder.

Assim revezam o triste e o alegre,
Dependendo da sua presença,
Às vezes calafrio, às vezes febre,
De saber o que de mim você pensa.

Mas me basta ter sua ternura,
O seu respeito aos meus sentimentos,
E me basta imaginar sua doçura,
A adoçar meus acres pensamentos.

Se o destino foi-me tão cruel,
Pelo menos, ofertou-me uma flor,
Talvez um dia, em algum lugar do céu,
Poderei manifestar meu grande amor.

Enquanto não ocorre esse prodígio,
De você e o céu sorrirem para mim,
Tomo todos os sinais como vestígio,
De que esse amor jamais terá um fim.

Quanto mais você se ausenta, linda princesa,
Do meu lastimável reino empobrecido,
Mais e mais aumenta essa tristeza,
De não viver o que era a ser vivido.

Se pouso meus olhos em seu olhar,
Há nele uma latente súplica velada,
Nesse instante só queria acreditar,
Que essa súplica por você foi captada.

Eu já nem sei mais terminar esse poema,
Já são escassas minhas forças, minhas rimas,
Só sei que não lhe poderei tirar de cena,
Resta-me, então, me conformar com triste sina.