DEPOIS DO NADA... TUDO!
Quero a placidez monótona dos anjos
Sem julgamentos, prazeres ou dor...
Somente o silêncio indulgente...
O observar complacente...
Um instante de vácuo somente...
Sem som, sem cor, sem ar...
Onde até o nada é nada...
E então respirar de repente
Explodindo um fôlego novo
E como num passe de mágica
Ver tudo igual, mas diferente
Entender dos dias, as ladainhas...
Aos farrapos, sentir-me rainha...
E em risos, sem remendos,
Conceder à vida, o desfilar...