INSUSTENTÁVEL LEVEZA DE SER

Tardes de verão...

Tudo anunciava tempestade...

O mormaço estático, abafado...

A vida que não encontrava espaço dentro de si...

Tentou ler, não conseguiu...

Com o controle remoto, visitou todas as estações da TV a cabo...

Pensou em ligar para uma amiga: Desistiu...

Ao longe um raio cortou o céu...

Foi para a rua e chuva caiu...

Ela fechou os olhos, levantou o rosto para o céu e abriu os braços...

E ficou assim, de braços abertos, rodopiando debaixo da chuva...

Quem a via de longe não sabia se ria de felicidade ou se chorava para espantar a dor...

Chuva bendita, lavou cabelos, alma e coração...

Entrou em casa, tomou um banho gelado, revigorante, cantarolou...

Fez uma linda trança nos cabelos e entremeou-as com pequeninas flores...

Colocou uma música e fez suco de abacaxi com hortelã...

Olhou pela janela a chuva que ainda caía, com um sorriso bobo nos lábios...

Refrescante, essa insustentável leveza de ser...

sukie hikari
Enviado por sukie hikari em 21/12/2011
Reeditado em 22/12/2011
Código do texto: T3400866
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