Montanha da cruz

Há um muro em minha frente.

Corre assim como eu.

Me impedindo de achar

O que sem destino procuro.

Estava certo ter encontrado

Mas sempre me engano;

Com o gosto doce

Que em espiral assentou-se em amargo.

Triste.

Fui enganado de novo.

Nada posso manter?

Só perder?

Isso acontece mesmo com os próximos

Imaginem os estranhos.

Há um muro que me cobre.

Protege?

Preserva e distância.

Aproxima curiosos,

Que me dão medo e um pouco de shhhhh (Não diga).

A espera do que seja real...verdadeiro.

O primeiro, não segundo, por segundos.

Goiabada e queixo se completam juntos

Bem como conto de fadas e seu" felizes para sempre".

O que me deixa sem sonhos.

De novo.

Há um muro que me empedra.

Me separa.

Temor...Oh Lord.

Posição de equilíbrio.

E eu oscilo

A espera do meu galardão.

Sem certeza

Aguardo

- porque viver assim então?

Há respostas?

Deus as tem. Eu não as sei não.

Mas há uma batida que esquenta.

Do meu coração.

Uma palavra que me encoraja.

Esperança.

Minha salvação.

Um sacrifício que me emociona.

o de um Filho obediente.

- Amou sem ser amado?

Mais que todos.

Amém que não é o fim.

Ah, sou um tolo sentimental,

Confuso em tantas crenças

Certo em outras,

Que ouvi uma antiga canção de amor.

Me assombra a imaginação

E me leva a fé.

A busca continua

E o caminho avistado me leva a frente

não para traz.

Com vontade de vencer.

Eduardo Magalhães
Enviado por Eduardo Magalhães em 21/12/2011
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