REFLEXÃO



Tenho pedido uma caneca para matar a sede
No entanto, há um manancial de água a ser desperdiçado;
Tenho pedido apenas uma fresta, no entanto,
Há um sol imenso á iluminar os dias,
Tenho pedido um alvorecer sonoro
E um bando de pássaros quase todas as manhãs
Vêm despertar-me como se ouvindo a minha suplica;
Tenho pedido a Deus um mínimo de esperança,
Para prosseguir lutando pela vida, e Ele, de alguma forma,
Vem mostrar-me que nem só de esperança
Vive a humanidade aí, eu me disponho a tentar entender
Porque Ele, o Pai, costuma escrever certo
Por inúmeras linhas tortas e infelizmente,
Nós é que nada fazemos para compreender.
E eu, como tantos dos seus filhos,
Desta vez, não venho pedir e sim, agradecer.
Sim, eu venho agradecer pelos dons a mim concedidos,
Pela capacidade que tenho de ajudar, de servir,
De, em nome de Deus, ser até capaz
De cuidar, de zelar, de ser enfim,
Mais irmã, mais amiga, mais humana.


Brasília, 12/10/2011