À árvore da vida

Tua palha é um leque verde

Que transfiguras em amarelo-ouro quando secas

És espelho da esperança e da cor dos anjos

Teu cheiro é o dos ares invernosos da Mata

Teu nome afugenta a careta da morte

Fostes o ninho e o sustento dos meus avoengos

És carnaúba, carne da minha terra

Eu podia te engrandecer mais, bem mais

Mas paro pra escutar teu conversar com os ventos

E rogo que com teu abano benfazejo dissipes, os meus tormentos...