Frágil pesar

atraindo pessoas com seus pesares

rezas sem nenhum pesar no peito

quando este está vazio e desfeito

de qualquer força que te preencha

e lhe assuma a bondade do teu ser

seguindo apenas reto e sufocante

o resto de tudo o que deixares

e quando abandonares, nada fez

Numa edionda sina de poderosos,

e como, brilhos no anoitecer

nem breve ferver de nervos e rostos

tua face se engana ao se ver no muro

na parede, na esquina, nesta doutrina

que abandonou sua miserável vida

para apunhalar aquele que nunca, nunca!

nada lhe fez, e com este, ainda ei de chorar

por lágrimas amargas e internas

escondendo de sí próprio o soluçar

de um vigor alimentado pelos corvos

e assimilado a variados corpos

que você desfez com seus punhos

Como se correntes o prendessem,

você caminha por todo lugar, mas por todo!

sem nada a vislumbrar, perdeste o dom de amar

triste é o seu pesar de um punho

e azedo o seu grito e seu pobre pulso

que não pode palpitar por algo familiar

por algo que lhe faz o coração agradar

chora e nada se faz, o guardar de mágoas

você mesmo se alaga, e por pior,

leva junto consigo a antiga esperança

de uma nobre alma que perdeste agora,

a segurança de seu coração e com medo ainda

de expô-lo a qualquer multidão

Tu é a causa para tua situação

você, e somente você, pode mudá-la

com gestos e impondo-se contra sí mesmo

para ver quem vence

Se, e somente se, você for forte

você poderá alcançar algo e além de tudo

vencer!

Gust
Enviado por Gust em 14/09/2011
Código do texto: T3219801
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