Frágil pesar
atraindo pessoas com seus pesares
rezas sem nenhum pesar no peito
quando este está vazio e desfeito
de qualquer força que te preencha
e lhe assuma a bondade do teu ser
seguindo apenas reto e sufocante
o resto de tudo o que deixares
e quando abandonares, nada fez
Numa edionda sina de poderosos,
e como, brilhos no anoitecer
nem breve ferver de nervos e rostos
tua face se engana ao se ver no muro
na parede, na esquina, nesta doutrina
que abandonou sua miserável vida
para apunhalar aquele que nunca, nunca!
nada lhe fez, e com este, ainda ei de chorar
por lágrimas amargas e internas
escondendo de sí próprio o soluçar
de um vigor alimentado pelos corvos
e assimilado a variados corpos
que você desfez com seus punhos
Como se correntes o prendessem,
você caminha por todo lugar, mas por todo!
sem nada a vislumbrar, perdeste o dom de amar
triste é o seu pesar de um punho
e azedo o seu grito e seu pobre pulso
que não pode palpitar por algo familiar
por algo que lhe faz o coração agradar
chora e nada se faz, o guardar de mágoas
você mesmo se alaga, e por pior,
leva junto consigo a antiga esperança
de uma nobre alma que perdeste agora,
a segurança de seu coração e com medo ainda
de expô-lo a qualquer multidão
Tu é a causa para tua situação
você, e somente você, pode mudá-la
com gestos e impondo-se contra sí mesmo
para ver quem vence
Se, e somente se, você for forte
você poderá alcançar algo e além de tudo
vencer!