Mãos quentes
um dia foram todos para a guerra
com armas pesadas, olhares fervorosos
passos de fúria foram dados por ela
algo os levava para o campo de batalha
prontos para tirar a vida de seus oponentes
no fundo, uma escuridão os travava
o medo de perder a vida era grande
o temor de jamais ver a família era maior
comparecer a este palco parecia uma negligência
uma ofensa a suas almas, a suas feridas
bastardos que íam correndo para a morte
ou para matar, tirar a vida de alguém
um sonho que esta talvez possa ter
uma vida não corrida é severamente ferida
sem tiros, eles não apertavam o gatilho
fome. era uma desgraça que existia naquele lugar
um local governado pela carência
nada mais poderia ser dado àqueles que ali viviam
que ali passavam sem nenhuma esperança no coração
com uma ferida aberta na alma muito maior do que qualquer tiro
dar a vida por aquele que sofre
não deveria ser o papel de um soldado?
tirar o desespero e o niilismo de um peito
dar algo de comer a quem precisa
dar um ombro amigo para alguém que você nem ao menos conhece
ao retornarem, os bravos guerreiros
com medo de morrerem e correndo para matar
e depois poder retornar e ver a sua família
não foram capazes de tirar uma gota de sangue
de uma humilde sociedade só por causa de desejos ambiciosos maiores
largando suas armas no chão
eles se propuseram a colocar a mão no peito
e ajudar o pobre povo que assumia sua dor
feridas podem ser fechadas
se nos propormos a extender a mão