Meus belos dias

No tempo que se consome com os ponteiros de forma mecânica a contar minha existência.

Meus sentidos já não existem mais para contemplar o mistério daquilo que me cerca, pois o aparelho que me cerca é limitado, e por mais que não queira pensar, os números me alertam da finalidade da minha insistência.

Sim, os versos são soltos, as palavras expressam sentimentos jogados ao ar no infinito do âmago que é humano, entretanto quando tento expressar a canção dentro de mim, acredito que a realidade da vida é como um som de piano. Acionado por teclas que despertam sons belos, lindos, inexplicáveis porém calculáveis.

E ao enxergar o tempo do outro, vejo quão mesquinha são as pessoas que repetem canções sem sentido vendidas a troco de dinheiro e muito egoísmo.

Claro que a beleza da vida está em ser uma pessoa com valores e virtudes, mas a sombra da iniquidade humana é a fonte de não pensar e cuidar do próprio coração.

Os vícios não são os atuais problemas de um ser corrompido, por isso meus belos sonhos são cheios de desejos e alegria. Resultado talvez de uma felicidade adaptada na alma....

Sim, os pedaços do coração são fragmentos de sentidos por pessoas, por coisas, por objetos e principalmente por aquilo que não assumimos de mais natural em nós mesmos.

Eu quero um dia poder viajar pelas estrelas e poder entender porque tanta luz radia de tão longe, e acabo supondo que deveras falte a luz que irradia no próprio coração.

Coisas infinitas a racionalidade pode até deturpar, mas o infinito daquilo que sinto e sei, nada um dia poderá me desmentir.

Meus belos dias de luta a envelhecer, porque neste turbilhão de coisas eu só penso em ser FELIZ