Minhas marcas ocultas
É verão de dois mil e quatro, entretanto números tão imersos num significado que não consigo acreditar.
Quem sabe daqui há dez anos eu possa sentir as mordidas e doce toque dos lábios de dor do coração.
Porém como o som da chuva eu prefiro ser uma estátua em praça pública. Adquirindo as marcas do tempo e envelhecendo com a ação dos olhares dispersos e evazivos envaziados. Até porque minhas marcas não são lembradas e no sol que aquece meu pensamento.
Faz-se sol e luz ao mesmo tempo num sentido tão descolorido na essência da tradução comprada com um olhar...
Ah, os dias são sempre diferente. É importante ser de metal ou de ferro, porque só com o tempo minhas imagens se tornam iguais.
E na conjugação dos verbos e sentidos singulares, eu sinto um plural de problemas que ainda não consigo resolver.
E o afeto é cifra de acesso para qualquer atitude marcada n'alma e no coração. Como o medo é admitido no retrato das funções da mão.
Mas grita ser humano em eterno coração... solte sua voz para os quatro cantos e cante a lírica fonte e marca que demarca o coração.
E fale com a própria consciência a sede e fome que há no intimo e na intuição. Reverencie os Deuses e os santos que podem me indicar um caminho seguro ou uma ilusão...
E no gastar das linhas da folha solitária, a brisa cheia de sal bate no meu rosto, enche minha boca de gosto e de imaginação de cheiros e toques do teu tão distante corpo.
Faz me escravo as marcas de um passado tão presente. Faz me tão inseguro a marca que não quer virar semente
Faz me tão vazio a potencia da filosofia sem ato...
Faz e imagina
Imagina?
Na filosofia das minhas etapas ainda me marca n'alma
a marca de tua sorrateira mordida.
Talvez de vida, amor, solidão
ou
FOME!