A ESSÊNCIA DO POETA
Nem sei se são reais
Não sei, não são
Ouço, ao largo, obcônico relinchar
É ele?
Não sei, não vai.
As clausuras do tempo
Engalanadas e tal... São mais
Nas veias, nas idas, no céu
As naus que por sangue navegam
São minhas... nem sei se são
Não são?
Sinto uma imensidão e pouco pesar
Lamento... incompreendo
Assim, eximo peito meu, acolchoado
Nem sei se tenho inda anos
Que os tenha, não sei, não me cabe.
Sigo azulejando o “carpe diem”
Nas valas, exsuda a essência do poeta
Aos moldes, de roldão
Não sei se deveria, nem sei se vão
Pouco importa!
Sugar a essência, rever o mar, amar e sonhar.