CORAÇÃO
CORAÇÃO
Ingrato... À solapa,
Vais pouco a pouco
Me abandonando,
Como se eu pudesse,
Sem ti, viver.
Não sabes que
Se, por acaso,
Tu me deixares,
Por tua falta
(tenhas certeza)
Hei de morrer?!...
Quando ouço forte
Teu palpitar
Dentro do peito,
Sentindo o sangue
Correndo quente
Em minhas veias,
Tenho a certeza de
Que, por enquanto,
Ainda me queres.
E neste mundo
Ninguém me pranteia.
Não sei se és
Bendito ou maldito,
Coração.
Se me tens sido fiel...
Ou traidor.
Mas preferia
Que, ao me deixares,
Não me causasses
Tão grande dor.