P
rometo que não vou chorar, mas choro*...
 
Quando a dor ultrapassa os limites de meu sofrimento, quando a tolerância segura minha coragem pela mão e vai embora...
 
Quando a garganta, que deveria liberar o grito de dor, se transforma em um riacho por onde a mágoa corre caudalosamente...
 
Por me sentir impotente diante das catástrofes, por não conseguir melhorar este mundo, pelas vezes que pioro aquilo que deveria consertar...

Pelas injustiças que vejo, pela dor que trago no peito, pela falta de amor e de respeito, pela fome, pela miséria, pelas guerras, pelo terrorismo e pelas doenças de nossa era...

 
Pela saudade que parece me sufocar, pela ferida que não quer cicatrizar, por não conseguir me libertar daquilo que me faz mal...

Quando sou incompreendida, sem chances de me explicar; por ser, algumas vezes, esquecida sem ter coragem de abandonar...


Por discordar, não aceitar e não entender que as pessoas prefiram sofrer de solidão, tristeza e dor a esquecerem o rancor e se entregarem ao amor... 

 
 


Este texto faz parte do Exercício Criativo - Eu Prometo. Saiba mais, conheça os outros textos: http://encantodasletras.50webs.com/euprometo.htm


N.A:
*Texto publicado originalmente em 2007 e reeditado para este exercício.

Ângela M Rodrigues O P Gurgel
Enviado por Ângela M Rodrigues O P Gurgel em 11/02/2011
Reeditado em 12/02/2011
Código do texto: T2785296
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