ONDE ESTÁ?
Onde buscarei
Fresta a me livrar do parvo?
Réstia a me ninar no aplauso
Não ouço nada, nem quero.
Onde tolherei o que perquiro?
Nessa, eu viro
A mania rouca e lenta de ser eu
Não ouso nada, nem quero.
Serei ateu do destino
Quem sabe, santo!
Ensina-me a ilicitude
Eu lhe darei o verso, cruzinho.
Não me valem rasuras
Não sei onde tudo está
Desânimo, contrapé e o resto
Funesto, funesto.
Onde estão as rosas que morreram ontem à noite?
Nutro as ingênuas; abrir-me-ão
Serão delgadas, verão sereno, ser-me-ão
No acaso, na orgia, no esgoto.
Sei sim, sei pouco
Nada rei, outrora servo
A amplidão, o castigo, a solidão
Sem o mar a me embalar; sem o mar.
Onde está o meu mar?
Não há reflexo, nem quero
Sopro brisas cansadas e grises
Onde está, onde está?