SONATA DE AMOR

Menina eu quiria ter asas!

Pramodi prô infinito vuá.

E uma nuvi bem branquinha...

De entre as ôtra arrancá.

Uma nuvi que nem argudão...

Pra fazê dela um corchão...

Pra nois dois se agazaiá.

E com o orvaio da noite...

Eu fazê um cobertô.

Infeitado de anjim...

E arguns ramim de fulô.

Pra adispois de nois juntim...

Eu te niná cum carim...

Pra gente fazê amô.

E dibaxo do céu azul...

Cum as istrela a briiá.

Eu te inchê de bejim

Pra tua boca adoçá.

Enquanto nois dois grudado...

Naquele momento sagrado...

De amô se imbriagá.

E assim imbriagado...

Sintindo o coração zuado...

Cumo eco de truvão.

Eu te decrará uma poesia...

Cum a merma meludia...

Que faiz nois dois se amá.

Vô pedi a permissão de Deus...

Prus anjim pra nois cantá.

Fazeno uma grande festa...

Imbaxo da luz do luá.

Afrirmá procê eu posso...

Que um amô cumo o nosso...

Ninguém mais vai incontrá.

Luiz Pereira
Enviado por Luiz Pereira em 03/02/2011
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