LEMBRANDO ALMÉRIA

Meu amor tu não te lembras

Pois eu adoro me lembrar

A primeira vez que nos encontramos

Naquele frio lugar

Tu com olhar de ternura

Tocou-me com tanta candura

Fazendo o meu coração poeta vibrar

Foi um momento tão doce

Que eu senti o coração

Bater forte dentro do meu peito

Pois foi tamanha a emoção

Que fiquei igual um menino

Que se depara com um passarinho

Preso no seu alçapão

E esse velho menino

Se embebeceu na tua candura

Olhando dentro dos teus olhos

Onde era imensa a ternura

E parecia transbordar

Tipo uma onda no mar

Sem pedido e sem censura

Mais o tempo foi passando

E aquela gostosa paixão

Que ardia feito fogo

Na cratera de um vulcão

Apagou-se indo parar

Como o sol dentro do mar

Pra dar lugar a escuridão

Mas como o amor não morre

O nosso adormeceu sua alegria

Pra despertar tempos depois

Quando amanhecesse o dia

Dando uma nova concepção

Ao que o mundo chama de paixão

E quando novamente nos encontramos

A vida em nós dois brotou

Como uma planta após as chuvas

Floresceu e se alastrou

Enchendo os nossos corações

De beleza e emoções

Que eu chamo de amor

Hoje eu olho para o tempo

O mesmo que nos separou

E tenho certeza que Deus

Nos planos que pra nós traçou

Estava em nos juntar

Pra nunca mais nos separar

Desse forte elo de amor.

Esse poema é uma homenagem a minha amada esposa (Alméria Montezuma)

Luiz Pereira
Enviado por Luiz Pereira em 23/01/2011
Código do texto: T2746848