AUSÊNCIA MONÓTONA

Fecho os olhos a buscá-lo em pensamentos

E escapa-me a alma ao seu encontro quando os abro

O dia é longo e a sua ausência monótona é uma angústia

A rasgar o peito em dores de um soluçar sem choros

E as noites insones são curtas para tantos lamentos

Em imagens de planos perfeitos jamais esboçados.

Quisera agora fechar os olhos e vê-lo eternizado na retina

Sem que o tempo o apagasse, pouco a pouco...

Lembranças a perder seus detalhes, seus contornos

Em cores desbotadas de pesar e esquecimento

Quisera agora poder dizer que ainda é amor

Esse sentimento morno, letárgico e sem saudade.