Diarréia: cada coisa no seu lugar

Há dias de escrever, ler, pensar, meditar, fazer nada

Há dias que a cabeça cansada não vai além do óbvio

Dias de teto baixo, reminiscências...

Há dias de aflorar lembranças ruins

Em dias assim, eu me isolo

Faxino o subsolo, realinho conteúdos

Tomo consciência, troco em miúdos e

Decido o que fazer com resquícios de traumas

Pra não deixar que contaminem a m’alma

Inventei métodos.

Creio que absolutamente tudo é matéria, e ocupa lugar

Olhando-as de frente começo a nomear

Há dias que bom mesmo é ter uma diarréia

E colocar cada coisa no seu devido lugar.

Anita D Cambuim
Enviado por Anita D Cambuim em 24/10/2010
Código do texto: T2576343
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