TATEANDO POESIA

Leio poemas em braile...

São cegos e vão além do que vejo!

Enxergo cada movimento como focos de luz

Ando em papel de arroz

Numa delicada sutileza...

Meus poros atentos se abrem

E eu respiro.

As palavras latejam

E eu me rasgo de êxtase ou de dor

Me reviro do avesso, estremeço...

Em encontros e desencontros

Entre vazios e plenitudes

Na procura do entendimento

Com o ser que habita nas entranhas de mim