Deixa...

Deixa que eu entre, mas não deixa que eu te invada,

Não me deixa desfigurar esse teu ser,

Tão único como cada minuto que me dá,

Tão seu que mesmo de posse dele

Jamais teria seu controle.

Deixa que eu entre, mas não deixa que eu me instale,

Me permita a temporalidade de te conhecer,

Na tua forma forte e segura de pensar

Do teu fraco coração solitário,

Que teima em não me querer.

Deixa que eu entre, mas não deixa que te domine,

Continue na distância de suas palavras,

Mas me permita falar a você,

De tudo que sinto hoje e que amanhã será passado,

Na forma efêmera do que nos envolve.

Deixa que eu mergulhe em sua alma

Mas que não seduza teu corpo,

Correndo risco do vício sedento de me ter.

Deixe que me vá, mas me impeça antes,

Ou jamais terá de novo outra chance,

E eu jamais terei de verdade você.

Esse poema é dedicado a Silvinho, comecei ao lado dele, conhecendo-o, terminei na saudades dele, ausência.

Beijos no seu coração...seu poema...

MACMAC
Enviado por MACMAC em 29/06/2010
Reeditado em 30/05/2015
Código do texto: T2348776
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.