SOFRE O POETA
“- Quando te vi minha alma cantou uma bela canção de amor. Vibrou em meu peito, meu coração, ao sentir desabrochar a chama de uma paixão. Alegrou-se minha alma em mergulhar na imensidão azul de teu olhar, sentiu-se viva novamente e cantou!
Saltou minha alma e de pronto se ergueu, ao perceber tua presença, minha alma se alegrou. Há muito estava adormecida, mas teu calor a despertou!
Quero teus lábios beijar e mostrar-te quão bela canção canta minha alma por desejar-te! Ter-te em meus braços e contigo bailar esta linda canção de amor!”
Estas foram minhas palavras, mas ela as desprezou e com elas meu amor e com ele meu coração que já não canta uma bela canção!
Esta foi minha declaração, meu coração que já não canta! Coração sofrido, que agora versa a solidão, o desprezo e a saudade.
Saudade do beijo que nunca houve, do abraço que nunca existiu.
Desprezado e vil apodrece solitário o coração do poeta. E por quê? Por amar? Por desejar aquela que ama? Pobre poeta que acredita no amor, que se ilude com a paixão e se entrega.
Pobre de mim que apodreço por amar e não ser amado! Que por amar, sou desprezado e no desprezo do meu amor permaneço apaixonado, sonhador!