A ROSA SEDUTORA


                      SMELLO


  
Vivia a admirá-la, sua beleza estonteante me pertubava,
  seria a nuança, o realce da cor vermelha das pétalas, o
  contraste que causava com  seu  peito sedutor as 
  imaginações   despertadas, num delirio de amor.

  Imaginava poder um dia ocupar o seu lugar, repousando-
  me naquela pele suave e atraente.

  Ao florir, pensara ela que teria a primazia de perfumar
  o regaço de uma linda mulher,de elevada sensualidade,
  carinhosa, compreensiva e delicada.

  Fiquei a imaginar, o que mais estaria a me seduzir,
  o colo da linda mulher, causador de tantos e tamanhos  
  entusiasmos, ou a rosa postada naquele peito 
  fascinante, numa imágem sonhadora.
    
  A rosa rubriflora exposta de tal jeito,ensejava a vontade
  de tocar suas pétalas, no momento que fosse sentido a 
  suavidade da aveludagem, a tentação hormonal levaria
  da realidade até à sensualidade da carne.

  Não há quem permaneça sereno diante do espetáculo
  que estava à mostra. A transformação que se passa   
  na  estrutura hunana, influênciando à alma e o espirito,
  conduz à reflexão do prazer da vida, numa aurora
  reluzente de carinhos e amores.

  A força ativa da natureza, contemplativa daquela
  formosura ornamental, favorecia o estimulo sexual, de               
  apoderar-se da mulher amada. 
 
  A rosa adequou, com sua estonteadora atração, vivência
  da veneração apaixonante, auxiliando o entrosamento dos 
  amantes enamorados. 

  A virtude de uma rosa subsiste exatamente no seu carisma,   
  irmanado na contingência de enfrentar a união entre quem 
  lhe dá com quem a recebe. E, naquela tela, se desdobrava
  a incerteza dela, por estar junto ao corpo da afeiçoada,
  conduzir-se como prelúdio da sedução.