ENTREGUE-SE AO VEZO DE AMAR
Através da solicitude embrenhada
Lírica e desmesurada paixão
Ouve os conveses lodosos e os usurpa.
Maldita força!
Rompe a placenta ignota
Janta-a ferozmente – mulheres de prata.
Por vezes, o mar se abriu
Por meses, esse tal de Abril
A bisbilhotar, a lançar sorrisos.
Indóceis e ágeis atos pélvicos
Sangrenta e peristáltica glote
Em torno de si, no broto plangente.
Sempre salvo pelo amor
A fidalguia pleonástica e absoluta
Intencionando arquitetar aos cantos
A casa verde que jamais florescerá.