Leia-se quase amargo.

Pelo canto da boca

Com o coração entre os ouvidos,

Olhos arregalados

E algo escorregando garganta a dentro.

Como um verme.

Um escorpião em minha perna.

A vela de um veleiro acesa.

A vela da alma apagada.

A liberdade escondida, dormida e amanhecida

Ocupando espaço.

Arranco de mim a pele e me seguro à dor.

Sem fim, sem mim, vou

Sem começo, esta é a vez de alguém

Cansado de se lamentar

Começando a se levantar

Sem reconhecer a criança extemporânea.

Venha comigo

Neste círculo vicioso de viciados em venenos ácidos,

Metamorfos em suas teorias,

Dormindo em uma banheira d’água

Que caiba seus sonhos e um navio,

E meus sonhos sem começo desta vez.

Apenas o começo de alguém

Com algumas algemas alugadas.

Ponha algo em minha alma,

Liberdade para começar.

Perdi muito no tempo em que a vela se derretia

E a cera inundava minha casa

Mesmo assim não desapareceu o gosto amargo

E a língua áspera.

Desta vez é alguém querendo começar

Sem muito oque falar.

E essa noite que não acaba!

Steven Julie
Enviado por Steven Julie em 13/05/2006
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