OS CABELOS DA SEREIA
Ela os penteava.
Olhar preso na água.
Narcisista?
Não.
Ela era artista.
No pentear.
Se arranjar.
Os cabelos da sereia se arrastavam.
Nas claras águas deslizavam.
E ela ali era um espetáculo e tanto para um outro artista.
Um pintor.
Que captava a beleza da natureza.
E daquela mulher.