De todo o amor

De todo o amor vivido

Não há como medir

Há um festival de emoções

Em meio a precárias percepções

Houve amor de todos os dias

Amor de um só dia

Amor que durou um ano

Amor que nunca foi

Com todo amor houve

Mãos dadas, rosto colado

E um dançar agarrado

Houve o que por instantes se entrelaçou

E num só corpo se transformou

Houve, me lembro bem

Numa tarde quente de outono

Os olhos dela e o meu olhar

Um só coração

De todo o amor que já vivi

Vendo as estrelas ou tomando sorvete

Partilhando o sal e o açúcar, `

Às vezes sentimos receio

Às vezes foi um belo exagero,

Quanto amor a gente sente

Em todo o amor as circunstâncias

De correr atrás do que já estava bem presente

Pois de todo amor que apreendi,

Houve instância que não vi

Uns partiram, já esqueci

Outros ainda estão por aqui

Tem momentos que a gente se atrapalha

Quer dizer eu te amo e acaba proferindo

Eu me exclamo

Quando isso acontece, de cuidados

O amor carece, pois muita exclamação

De ambas as partes, ou qualquer parte

Pode partir o coração

Por aqui me despeço

Pois sendo a soma de todo amor até agora

Vejo no futuro menos erros que no passado

Vejo no presente o fruto do aprendizado

Se a vida vale à pena

A medida do amor é um grande poema

Bernard Gontier
Enviado por Bernard Gontier em 13/06/2008
Reeditado em 13/10/2013
Código do texto: T1032424
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