(in)exatos 6

os sinos do sol

em azul no silencio

cristal luminoso

as palavras tropeçam

na chuva que não chove molhado

o olhar se olha

cigarras sabiás

o som e o silencio

são asas na luz

entre os galhos a lua

a noite conserva um pouco

do azul que transbordou

os vazios da memória

onde a borboleta nada são

as nascentes do amor

Francisco Zebral
Enviado por Francisco Zebral em 19/04/2010
Reeditado em 11/12/2012
Código do texto: T2205575
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