"... Que duro e triste não seja o olhar que persevera como uma candeia acesa ..."
(CAMINHOS, de Lucia Constantino)



De cada um de todos meus cansaços
(Célia de Lima)

Que o meu olhar não seja duro e triste,
Meus ombros não se enverguem, já vencidos
Quando o dia mostrar anoitecidos
Os sóis dos meus desejos, no que insiste.

Que se abram as flores que tu viste
Semearem, oh, Vento, em meus sentidos,
Os meus amados Mestres, decididos
Que eu nunca me perdesse... Resistisse!

De Amor eu vou compor a minha face,
Que desistir do Amor é retalhar-se.
E ainda cabem sonhos nos meus braços.

Cuidar das minhas luzes com carinho.
E ao transluzir no caos, tecer caminho
De cada um de todos meus cansaços.