CAMINHOS
Eu quero febris e perfumados
os caminhos.
Dourados e pão e vinho.
Até a última centelha de vida.
Que aqueçam as noites.
Que duro e triste não seja
o olhar que persevera
como uma candeia acesa.
Noite adentro
o tempo se rende,
o corpo desaprende.
Mas é preciso sempre subir... subir...
para na própria esperança
se consumir.
(Foto: Pedro Moreira)