Era uma chuva de ideias
Símbolos bailavam de braços abertos
Almas se jogavam em abismos
Estrelas cadentes brincavam 
Dependuradas em árvores.

 

O vento trazia notícias de longíquas paragens.
E, a noite vinha de mansinho
Delicada, sóbria e encantadora.

De manhã, a última gota de orvalho
fertilizava todas ideias

 

E, as flores mesmo quando feneciam
perfumavam tudo...

Sorvia o mel demoradamente.
Entendia que o segredo de sentir
É termo o rittmo correto
Dentro do relógio das emoções.
Guardadas em origamis,
em páginas dobradas e marcadas pelo leitor.

 

Era uma chuva de ideias
palavras se escreviam em devaneio
signos se esculpiam aleatoriamente
E, a mensagem final: seja feliz
seja intenso, inteiro em tudo que fizer.
Mergulho no poço mais profundo.

 

Nos olhos humanos, nas almas desérticas,
no silêncio intrincado.
E, a cada fonema.
A cada instante: reinvente-se...
 

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 14/12/2022
Código do texto: T7671815
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