COISAS DO CORAÇÃO

Vento de liberdade,
Veio sonante,
Me oferecer,
Uma poesia,
A sua plumagem,
Veio me transcender,
Despertar o meu instante,
Demonstrar solidariedade.
Mas, me encontrou tão prostrada,
Tao desinteressada,
Com as cores da utopia,
Tão cheia de decepções,
Que eu não tive condições,
De receber.
Preferi o desencanto,
O silente pranto,
O meu manto de amargura,
Meu ego recolhido.
E o vento se foi... ganhou altura,
Cumpriu a sua missão,
É muito transcendido,
Para entender,
As coisas do coração.