O Diabo
Depois da sua vilania,
Da sua crueza
Você cospe o pó
Da antiga beleza
Inimigo daquilo que é belo
O Inimigo que caminha ao lado
Depois do seu golpe
Tudo que era bom é exterminado
Você lava as mãos
Tudo que faz é perdoado
Inimigo que mora dentro
Um Inimigo inevitável
Depois da sua malvadeza,
Da sua crueldade
Você mastiga os ossos
Até de quem já foi enterrado
Inimigo interior
Um espelho inquebrável