Nem Infinitos Olhos Podem Ver

O infinito se dobra e desdobra,

E em sua eterna dança,

Abre e fecha infinitos olhos,

Abre e fecha,

Abre e fecha,

Eternamente

Mas nem mesmo com seus infinitos olhos

Pode o infinito ver a si mesmo

Em toda a sua totalidade

Pois cada olho que se abre,

É também uma cortina que se fecha

Sobre si mesma,

E assim é o eterno ciclo,

O pique-pega cósmico,

o esconde-esconde eterno,

O grande jogo,

A piada derradeira,

Pois dancem, brinquem, riam, joguem, amem então,

Vós que sois os olhos míopes do universo

Gabriel Valeriolete
Enviado por Gabriel Valeriolete em 11/04/2019
Reeditado em 11/04/2019
Código do texto: T6621102
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