Indução
Instiga-me
quando nos teus versos
Dizes d'alguma dor,
Instiga-me, quando negas
E dizes nada sentir...
Instiga-me
quando tua voz me arrepia
dizendo ao meu âmago
o peso das tuas palavras;
Instiga-me, por vezes,
aquele nada dito...
Instiga-me, a cada movimento
quando teu corpo se amolda
e dizes do prazer, sentido
Instiga-me, quando afirmas
quão pleno é teu prazer...
Instiga-me teu passado
instigando meu presente
no peso de um futuro,
Instiga-me a cada dia
Toda vez qu'ele amanhece...
Instiga-me, esse querer
tão forte
sem rumo
sem sul
nem norte
Instiga-me, a quietude
do meu silêncio
do teu silêncio
dessa querência
- meu tormento -
em não te ter...
Instiga-me esse sofrer.
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Obrigada pela interação, amigo Jacó Filho:
"Inquietudes me movem,
Num misto de esperanças,
Que graças a Deus não morrem,
Gerando mais confianças..."